O cineasta e crítico de cinema carioca Diego Cosac vem sendo apontado como uma das grandes promessas do cinema brasileiro atual.
Discípulo de Ruy Guerra, Cosac dirigiu e foi produtor executivo do premiado curta-metragem “Lay” (2019), além de estar produzindo um longa sobre a diva do teatro Bibi Ferreira, ainda com título provisório de “Abigail”.
Dono de uma personalidade marcante, excêntrico ao extremo e definido como “genial” por alguns colegas, Cosac vem recebendo reconhecimento por suas contribuições para sétima arte; seu curta ganhou menção especial, com certificado de excelência, no importante Festival de Bangalore, na Índia e ganhou como melhor drama no Festival de Jaraguá do Sul, em Santa Catarina.
A respeito Cosac afirma que: “ser reconhecido na Índia teve um sabor especial já que eles são hoje os maiores produtores de cinema do planeta”.
O filme “Lay” segue concorrendo em outros festivais no Brasil e no mundo.
Dono da produtora Crystal Pictures Entertainment e do site sobre o audiovisual Cine Panorama, formado em direção cinematográfica pela tradicional Escola de Cinema Darcy Ribeiro-Instituto Brasileiro de Audiovisual, cursando produção executiva na Academia Internacional de Cinema, a próxima grande aposta do cineasta é um documentário biográfico sobre a diva Bibi Ferreira, rainha dos palcos, que Cosac realiza com o neto dela, Felix Ferreira e com a produtora Vira Lata.
Conhecido por bancar seus próprios projetos, o jovem mecenas explica que no caso desse filme, investiu de seu próprio bolso o capital necessário até agora, mas que “o projeto cresceu muito, ficou demasiadamente ambicioso, portanto, há a necessidade de se captar o montante restante nas leis de fomento a cultura”.
Dentre os próximos projetos do jovem cineasta está transformar o “Lay” em uma série para streamings e dirigir um filme de vampiros que Diego escreveu com 18 anos.
Herdeiro de uma dinastia empresarial, seu avô, Nazir J.Cosac, foi um pioneiro e líder no mercado de mineração, tornando-se um grande minerador e exportador de minérios para dezenas de países com seu Grupo Telequartz, um gigante global no mercado de cristais de quartzo, além de ter investido em outros muitos negócios que abrangeram o setor industrial, hoteleiro, madeireiro, de etanol, hospitalar, imobiliário e do agronegócio.
No entanto, Diego diz não se interessar pelos negócios familiares e relata admirar mesmo a editora Cosac Naify, fundada por seu primo Charles Cosac, que revolucionou o mercado editorial tornando-se sinônimo de sofisticação e qualidade, pelo “lado artístico da editora”.
Afirma que sua criação e educação recebidas pela sua família, concluída na Europa, foram decisivas para que ele escolhesse o cinema como profissão: “minha mãe sempre leu muito, é uma intelectual ".
Charles é um grande colecionador de arte, sempre frequentamos museus, exposições, teatros, operas, balés e cinema e isso certamente influenciou, criou um olhar, uma ligação muito forte com as artes, não só o cinema ... explicou Dieg0.
Comments