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Foto do escritorVivi Alexandre

Dia Internacional da Epilepsia

O Dia Internacional da Epilepsia é um evento global celebrado anualmente na 2ª segunda-feira de fevereiro, para promover a conscientização sobre a doença em todo o mundo. É uma iniciativa conjunta do International Bureau for Epilepsy (IBE) e pela International League Against Epilepsy (ILAE). Com representação em mais de 140 países, a data é uma oportunidade poderosa para destacar os problemas enfrentados por pessoas com epilepsia, suas famílias e cuidadores, em todas as regiões do mundo.

 

 A epilepsia é uma condição neurológica bastante comum, acometendo cerca de uma em cada 100 pessoas. É caracterizada pela ocorrência de crises epilépticas, que se repetem a intervalos variáveis. Essas crises são as manifestações clínicas de uma descarga anormal, intensa e sincronizada de um grupo de neurônios, que são as células que compõem o cérebro. A doença pode ter diversas causas que variam de acordo com o tipo de epilepsia e com a idade da pessoa. Em crianças, por exemplo, as alterações e problemas ocorridos durante a gestação ou o nascimento, como a anóxia neonatal (falta de oxigênio no cérebro durante o parto) e os erros inatos do metabolismo (alterações metabólicas que existem desde o nascimento) são causas frequentes de epilepsia.

 

O neurocirurgião do Hospital das Clínicas, Dr Kleber Duarte, explica que em raros casos a epilepsia pode ter tratamento com cirurgia. “ A cirurgia é indicada quando se faz necessário o controle  dos sintomas, das crises, que estão causando sérios acometimentos à pessoa, mas o controle com medicamentos não é satisfatório. Há algumas doenças que tem lesões que podem ser removidas através de cirurgias. Alguns tumores causam convulsões e a remoção destes causam melhora nos sintomas. Há alterações no desenvolvimento do cérebro que causam convulsões. Algumas destas podem ser removidas.”, afirma o neurocirurgião.


Outra cirurgia possível é denominada neuromodulação. “Existe um nervo que tem um longo trajeto no corpo e que pode ser acessado na parte anterior do pescoço, para receber o implante de um eletrodo e gerador. Este sistema produz um estímulo elétrico que modifica o funcionamento de núcleos no cérebro, ajudando a controlar certos tipos de convulsão, como as que acontecem na infância ou são causadas por doenças difusas do cérebro”.


A epilepsia geralmente não tem cura, mas tem tratamento, com a possibilidade de uma vida digna. “Muitas vezes ela é confundida com as convulsões. Nem toda convulsão é epilepsia. A epilepsia é uma tempestade elétrica no cérebro e precisa ser tratada. A maioria dos casos de epilepsia são tratáveis  com medicação”. Disse Dr Kleber Duarte

Ainda de acordo com o neurocirurgião Dr Kleber Duarte, é preciso ficarmos atentos à estigmatização da doença para não gerar preconceito e causar mais sofrimento ao paciente.

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