Alimentação e tratamento oncológico: saiba o que oferecer para crianças e adolescentes
- Thamiris Vieira
- 19 de mar.
- 2 min de leitura
Especialista diz que a suplementação depende de cada criança, pois são indicados somente quando há necessidade comprovada; alimentos gelados e/ou ácidos tendem a aliviar os sintomas de náuseas e enjoos

Quando a criança ou adolescente inicia um tratamento oncológico, torna-se desafiante garantir uma alimentação nutritiva e atraente. A oncopediatra Mariana Dórea (CRM-BA 23.959 e RQE 26.148) comenta que, normalmente, as crianças apresentam náuseas, vômitos e isso já reduz a vontade de manter uma dieta. Além disso, ela lembra que muitos deles também se alimentam no hospital, o que pode provocar este “enjoo” da comida.
Segundo a especialista, os alimentos que são proibidos ou não indicados acontecem pelo risco de infecção alimentar, como, por exemplo, os crus. Já a carne, seja vermelha ou branca, não pode ter sangue. “Os alimentos têm que ter boa procedência. Não se pode comer uma coxinha em qualquer padaria sem saber que dia foi feita. Deve-se evitar embutidos. Tudo que for bem lavado, filtrado, fervido, pode ser consumido sem medo”, alerta.

A médica salienta que os doces não são proibidos de forma alguma, no entanto, a família deve moderar a quantidade de consumo, visto que os pacientes enjoam de muitos outros alimentos e podem buscar no doce essa compensação, deixando de comer saudável. Ademais, Mariana esclarece que pizzas, hambúrgueres, batata frita são liberados, mas sempre com moderação. “O mais importante nesse processo é que o paciente não perca peso progressivamente. O acompanhamento nutricional é imprescindível”, pontua.
Conforme a oncopediatra, criar desenhos com comidas para estimular a melhor aceitação das crianças é uma boa alternativa. Isso significa que elas aprendem, compreendem e se lembram melhor das coisas por meio de imagens, cores, esquemas, vídeos ou outros estímulos visuais.

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