Coluna Crítica Cultural 2ª semana de julho by Vanessa Fontana
top of page

Coluna Crítica Cultural 2ª semana de julho by Vanessa Fontana



Vamos falar de um dos protagonistas da nossa quarentena, o NETFLIX, e aproveitando a onda "Parasita" como o premiado na categoria melhor filme do Oscar 2020, o cinema Coreano, que além de mostrar sua capacidade, quebrou um paradigma, sendo o primeiro filme em língua não inglesa a conquistar a premiação máxima da indústria cinematográfica.


Temos no catálogo NETFLIX a série coreana “TUDO BEM NÃO SER NORMAL”, que como no filme “Parasita”, mostra a personalidade clara da expressão artística coreana de não poupar críticas à sociedade, ao sistema e ao ser humano de forma inteligente, poética e sem ter “papas na língua”.


Sim, a série mostra diversas classes sociais, os abusos trabalhistas diários, a dificuldade humana na superação de problemas no decorrer da vida, inclusive os traumas de infância, as diferenças de tratamento de filhos que na maioria das vezes não é proposital por parte dos pais, mas que causa consequências para o resto da vida. Também mostra, o julgamento dos pais por quem precisa de mais atenção, os diversos distúrbios mentais, os problemas do autismo, transtorno de personalidade, as relações amorosas entre os diferentes, a necessidade humana de ser aceito por quem não o aceita, a corrupção etc.


O drama polêmico ainda carrega um elenco maravilhoso e bonito.


O que gera discussões entre os fãs do programa nas mídias sociais, são acusações de negligenciar o assédio sexual ou torná-lo objeto de humor, que no meu ponto de vista pessoal é apenas uma forma de esfregar na cara da sociedade a realidade que vivemos no dia a dia.


Continuando na toada “Coreia do Sul” vamos falar do fenômeno que se faz uma tendência mundial e que está vindo para ficar, dominando as paradas musicais por conta da qualidade e esmero cultural dos orientais, sem falar do marketing impecável, o K-POP. Esse estilo musical tem conquistado milhares de fãs fiéis no mundo todo, inclusive fazendo com que a juventude ocidental se curve aos encantos orientais. Esse estilo musical é marcado por abraçar a música popular sul-coreana com um formato moderno, que também assume as influências externas, e nessa soma cria uma identidade sonora e visual própria.


Vale viajar nesse som que podemos citar como bom exemplo o grupo BTS, que ao lançar o clipe “On”, bateu recorde de audiência de estreia no YouTube atingindo 1,54 milhões de espectadores simultâneos minutos depois da publicação, e já contava com mais de 19 milhões de visualizações em quatro horas.


Não é só no cinema e na música que a Coreia tem destaque, logicamente a literatura não poderia ficar atrás, “A Vegetariana” recebeu o importante prêmio Man Booker International Prize. O romance conta a história de uma mulher que se tornou vegetariana como forma de protesto contra a violência – aos animais e seres humanos. Com o tempo, deixa de ingerir qualquer alimento, na tentativa de se transformar num vegetal. No livro, temos a palavra amor citada uma única vez. É como se esse sentimento fosse inexistente, assim como a compaixão. As mulheres são usadas e brutalizadas pelos maridos insensíveis e egoístas. A personagem principal do livro quer deixar de pertencer à espécie humana e torna-se planta.






bottom of page