Atrações e debates, com bastante aprendizado, encerram a Bienal do Livro 2025
- Absolute Rio
- 24 de jun.
- 3 min de leitura
Evento terminou domingo (22) no Riocentro, na Barra da Tijuca

A Bienal do Livro - Edição 2025 encerrou suas atividades neste começo de semana. Em pleno domingo (22), antes das 10h, o Riocentro já estava lotado: adultos, crianças, adolescentes e idosos empenhados com a relevância da leitura e do seu papel para a construção de uma vida escolar (ou acadêmica) com mais qualidade. Romance, Drama, Crônicas, Poemas, Infantil, Religioso. Todos juntos e misturados no Riocentro, na Barra da Tijuca, a capital da literatura durante esses dez últimos dias.
Ler permite sair da realidade, afinal é assim que se encontra um ambiente repleto de imaginação e de criatividade. Para a estudante de Contabilidade, Ana Maia, os poetas de maior inspiração se tratam dos antigos, brasileiros, pois pegavam o mais intenso do ser, da existência, o que cativou bastante. E quanto aos atuais vestibulandos, diz: “Uma dica é: ‘Leiam muito!’, conheçam a nossa cultura, porque é uma coisa que vocês vão levar para a vida!”.

Hoje, em um mundo, altamente, dominado pelas telas, estimular os pequenos a lerem e ter gosto pelos livros, virou um desafio. Sobre isso, Bruna Carvalho explica que no Stand, a equipe diversificou, levando temas com o propósito de chamar a atenção deles, inclusive com o ‘Perigoso’. “Veem o crocodilo, grande, intimidador e acabam criando vários rótulos, julgando pela capa e ao final, entendem que é totalmente diferente. E vende bem! A procura é bem alta!”.

Atrações
Várias despertaram a atenção de quem passava por lá. Cita-se a ‘Cabine de Fotos’, que, com uma fila enorme para o uso, causou curiosidade nos visitantes. “Gera uma lembrança única! São três fotos diferentes. As pessoas entram e as fazem do jeito que acharem melhor e, claro, gera algo personalizado: os sentimentos, as expressões, as emoções que cada um sente naquele momento”, afirma Yan Diniz, responsável.
Troca de livros físicos. “Uma iniciativa do Skoob com o propósito de manter a sustentabilidade e limpar a estante. Aqueles livros parados. É bacana trazê-los e trocá-los por outros, nos conectando com novas histórias e aventuras. É divertido e é um verdadeiro sucesso! É a segunda vez que acontece na Bienal”, enfatiza Júlia Garcia, Criadora de Conteúdo.

Mesas
Inúmeros assuntos foram pautas, nesse encerramento. ‘O que cabe no amor’, por exemplo, com as escritoras Ana Suy, Luana Carvalho e Marcela Ceribelli. Em conversa, traduzida em Libras, com o público no Stand Skeelo, elas, ao lado da mediadora Iana Villela, mencionaram os afetos contemporâneos, os limites do amor romântico e o que esperar nas relações. Refletiram, ainda, o vazio, o desejo e tantas possíveis formas de amar.

Antes da palestra, Marcela recebeu seus leitores em uma sessão de autógrafos.

Referente à importância da compra de livros físicos, Ceribelli ressalta: “Vem de um exercício de valorizar a presença. Acho que estamos em uma sociedade que esqueceu o valor do silêncio, que é onde nos conhecemos. É no tédio que surge a imaginação. Então, para se reaver com a leitura, precisamos repensar esse silêncio. E a humanidade vai precisar, sempre! É por isso que há uma Bienal tão lotada e de gerações jovens, que talvez entendam o que as mais velhas não conseguem”.
‘Chova ou Faça Sol’, realizada no Café Literário, abriu espaços para discussões a respeito do clima, as quais, diariamente, afetam a fauna, a flora, enfim, o Planeta Terra. No debate, mediado pela jornalista Flávia Oliveira, participaram o escritor Ailton Krenak, o climatologista Carlos Nobre, a jornalista Míriam Leitão e a escritora Selma Dealdina Mbaye.

Com relação ao Brasil investir mais em educação ecológica, em escolas, Miriam Leitão, autora de ‘Amazônia na Encruzilhada’, finaliza: “Não falta nada! Deveria fazer, agora! Até porque, os jovens e as crianças são mais sensíveis para entender todas essas questões que, para os mais velhos, demora a compreensão”.

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