Aliada à crise de saúde mundial, a Covid-19 também gerou grande impacto na economia e prejudicou diversas classes de trabalhadores autônomos, como é o caso dos modelos
Passarelas. Eventos. Campanhas. A vida e o dinheiro de boa parte dos modelos brasileiros é baseada em tudo que a pandemia pede que não seja realizado, o que vem tornando a vida desses profissionais um verdadeiro teste de sobrevivência.
No caso do modelo e influenciador Alexandre Amaro, grande parte de sua renda vinha de campanhas para marcas de Mato Grosso do Sul, estado no qual reside. “Os trabalhos vinham principalmente de lojas de departamento, além disso, represento desfiles e feiras bastante reconhecidas no estado. Com a pandemia, a maior parte desses trabalhos foram adiados ou cancelados e com isso, comecei a ter que usar meu Instagram como uma plataforma para adquirir renda”, conta.
Segundo o modelo, a crise veio principalmente para os profissionais que representam marcas pequenas e nacionais. “No exterior, muitos modelos vêm driblando essa crise por meio dos desfiles online que vem ocorrendo, ou até mesmo com a retomada de alguns trabalhos com medidas de segurança devido ao declínio da pandemia em determinados locais. No Brasil e no estado do Mato Grosso do Sul esse cenário ainda é muito distante”, comenta.
Porém, nesse momento onde muitas marcas passaram a vender pelo Instagram, o reconhecimento de que lojas precisam estar posicionadas nas mídias sociais e com um bom planejamento visual tem favorecido o trabalho de modelos nessa área. “Grande parte dos meus trabalhos atuais vem disso, apesar dos homens ainda consumirem menos roupas pela internet do que mulheres, o que limita um pouco as lojas com as quais venho trabalhando. Ser homem e modelo em meio a uma pandemia é uma missão para poucos, mas venho superando”, anima-se.
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