Como falar de idosos sem pensarmos em histórias? Histórias de vida, de sofrimento de realizações, de carinho e porque não, de cuidados. Cuidados com os filhos, cuidados com os netos, cuidados com o próximo, pois os idosos de hoje vêm de uma realidade de vida, que hoje não nos permitimos mais por medos e aflições.
No dia 1o de outubro é comemorado o dia do Idoso no Brasil, que até então era comemorado no dia 27 de setembro, mas com a aprovação da lei que criou o estatuto do idoso em 1o de outubro, em 2006 achou-se por bem mudar a data de comemoração para este dia também.
O fato é que com o advento do Estatuto do Idoso, o Brasil passou a atender às resoluções que a ONU (Organização das Nações Unidas) e a OMS (Organização Mundial da Saúde) buscaram para nortear as políticas sobre o envelhecimento no mundo.
Os idosos necessitam de uma atenção especial devido a fragilidade social que estão expostos. Os idosos são grandes fontes de experiências e aprendizados, porém acabam sendo dispensados em nome da necessidade em se ter uma rápida produção e uma menor adaptalidade, por assim dizer, às funções mais modernas.
A verdade é que, os idosos têm uma capacidade diminuída para a evolução moderna por alguns fatores inerentes ao envelhecimento, porém o ganho em previsibilidade de erros, principalmente no campo de gerenciamento humano é muito mais compensatória que quaisquer outras.
A capacidade de previsão pelas experiências já vivenciadas, pelo “feeling” em situações que evolvam vidas e comportamentos humanos são aptidões que se levam anos para forma-las.
Mas para termos acesso a este tesouro deve-se ter atenção a dois pilares para que os idosos possam atingir seus plenos potenciais, que são: a autorrealização e a dignidade.
A autorrealização compreende dois pontos principais: o idoso ter a oportunidade de desenvolver suas potencialidades e ter acesso aos recursos educacionais, culturais e de lazer
da sociedade.
Já a dignidade, o idoso deve ter assegurado o direito de viver com dignidade e segurança, sem ser objeto de exploração e maus-tratos físicos ou mentais e a ser tratado com justiça, independentemente da idade, sexo, raça, etnia, deficiências, condições econômicas ou outros fatores.
Esses dois fatores proporcionam ao idoso não somente a capacidade de realizações de suas habilidades plenamente, mas também um ganho em qualidade de vida, além de reduzir os gastos sociais com eles, seja na parte preventiva de doenças ou nas reabilitações e medicamentos.
A ONU (Organização da Nações Unidas) declarou em 2020 em sua Assembleia Geral que a próxima década (2021-2030) seria a Década do Envelhecimento Saudável cujo objetivo é alcançar e apoiar ações de construção de uma sociedade para todas as idades, tornando os idosos o centro do plano, que reunirá os esforços dos governos, sociedade civil, agências internacionais, profissionais, academia, mídia e setor privado para melhorar a vida das pessoas idosas, de suas famílias e comunidades.
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) lidera esta agenda e delimitou 4 áreas de ação desta década, sendo elas:
1. Mudar a forma como pensamos, sentimos e agimos com relação à idade e ao
envelhecimento;
2. Garantir que as comunidades promovam as capacidades das pessoas idosas;
3. Entregar serviços de cuidados integrados e de atenção primária à saúde centrados na pessoa e adequado à pessoa idosa;
4. Propiciar o acesso a cuidados de longo prazo às pessoas idosas que necessitem.
Para que as pessoas possam celebrar essa idade com qualidade de vida, é importantíssimo observar alguns fatores que influenciam diretamente esta qualidade, como:
Manutenção de hábitos saudáveis: práticas de exercícios físicos e alimentação equilibrada, evitando exagero e o sedentarismo.
Estimular a mente: tenha um hobbie como leitura, jardinagem ou aprender a tocar um instrumento musical é uma atitude que ajuda a manter a mente estimulada.
Contato interpessoal: manter o contato interpessoal, seja o familiar ou no caso de idosos institucionalizados, com pessoas da comunidade, ajuda na manutenção do bem-estar pessoal, uma vez que a maior queixa dos idosos é a solidão.
Manter os cuidados com a saúde: estabelecer uma rotina de cuidados médicos para a realização de exames preventivos e de acompanhamento é vital para identificar problemas e iniciar o seu tratamento o quanto antes.
Se nossos idosos seguir essas dicas e a sociedade em geral atender ao proposto pelas instituições de saúde, com toda certeza celebraremos muito essa melhor idade.
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