31 de jan. de 20233 min de leitura

Espetáculo “Nossos espaços vazios – Projeto Circulação” em cartaz neste final de semana no Rio

Com entrada franca, Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro (Tijuca) e Museu de Arte Contemporânea (Niterói) recebem projeto do Núcleo de Dança para Atores, que também oferece master classes de dança e interpretação, além de rodas de conversa

Com 22 anos de trajetória artística e reconhecido por sua relevância de trabalho no panorama da dança e do teatro, o Núcleo de Dança para Atores vem percorrendo, desde o início do ano, diversas cidades fluminenses com o espetáculo “Nossos Espaços Vazios – Projeto Circulação”, com realização da Aruten Produções Artísticas. Com entrada franca e direção artística de Roberto Lima, coreografia assinada por Rodrigo Gondim e Roberto Lima, o projeto, que estreou em Rio das Ostras e já passou por Búzios, Maricá e Saquarema, encerra sua programação com apresentações neste fim de semana. Com patrocínio do Governo do Estado do Rio de Janeiro e Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, através do Edital Retomada Cultural RJ 2, o espetáculo chega ao Rio de Janeiro no sábado, dia 4, no Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro (Tijuca) e em Niterói, no dia seguinte, no Museu de Arte Contemporânea.

Além dos espetáculos, o projeto também irá oferecer, em cada município, duas Master Classes: uma de Dança / Expressão Corporal, com o Roberto Lima, bailarino do Corpo de Baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e professor de teatro com 20 anos de experiência na Escola de Teatro Martins Penna, e outra de Interpretação Teatral, com Dudu Gama, professor de teatro também com 20 anos de experiência na Escola de Teatro Martins Penna; além de uma Roda de Conversa (“Reflexões artísticas”, um bate-papo após os espetáculos). Uma intervenção cênica urbana, “Nossos Espaços Vazios – Projeto Circulação” traz uma coreografia que adota muros e paredes para experimentações artísticas que retratam pessoas comuns – personagens que se destacam nos cenários urbanos, inquietos, que buscam preencher o vazio cotidiano que os sufoca através de movimentos que propõem tentativas de contato com o outro, que nunca se realiza em sua plenitude.

A arte nos muros promove o contato dos cidadãos com o universo das artes visuais, através do Grafite. Desta forma, o projeto busca mostrar que é possível ampliar a utilização destes espaços para outras linguagens – a técnica do Teatro-dança. “O que dizem os muros da cidade, o que podemos expressar por meio deles e quais são os muros que criamos em nosso próprio entorno?”, indaga o diretor Roberto Lima.

Em cena, nove intérpretes apresentam a interseção entre as linguagens do teatro e da dança, uma pesquisa essencial para o trabalho cênico. Uma abordagem das dimensões simbólicas dos muros e paredes urbanos.