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O isolamento social já causa pânico e desgaste extremo na saúde mental

Atualizado: 19 de mai. de 2020


Acordar mais triste, perder o controle, gritar com alguém, bater o desespero por se sentir trancado e com medo extremos de ficar sem dinheiro.

Esses são sintomas cada vez mais recorrentes nessa pandemia.

Mas, apesar da medicina não ser uma ciência exata, o neurocientista Dr Fernando Gomes aponta números que mostram o que aconteceu na China durante a pandemia.

ESTUDOS

“Foram estudadas cerca de 7.236 pessoas, das quais 35% se declararam ansiosas, 20% depressivas e 18% com distúrbios do sono.

Um segundo estudo também chinês fez uma outra análise, mas dessa vez com 1257 profissionais de saúde chineses em 34 hospitais.

No período de 29 de janeiro de 2020 a 3 de fevereiro de 2020, no qual mais de 70% deles estiveram sob estado de grande estresse.

E, outrossim, mais de 50% apresentaram quadros de depressão, quase 45% ficaram mais ansiosos e 35% se queixaram de insônia”, revela.

O médico chama a atenção para valores ainda mais alarmantes: os de suicídio.

“No Brasil temos o triste dado de que 11 mil pessoas tiram a própria vida todos os anos e no mundo esse número chega a 800 mil por ano.

Diante desta pandemia a tendência é que números alavanquem ainda mais”, enfatiza.

Ao analisar o funcionamento do cérebro fisicamente, Dr Fernando explica que os lobos frontais são os principais responsáveis pela criatividade e imaginação.

Portanto, é ali que o cérebro produz pensamentos que podem atrapalhar o auto controle durante o isolamento social.

“Por isso que agora é a hora de cuidar da mente com atenção e carinho.

Gerenciar pensamentos, administrar a ansiedade e usar o racional são palavras de ordem nessa quarentena.

Uma vez que estamos sim diante de uma grande crise, mas podemos utilizar desse momento para desenvolver sentimentos bons como o de gratidão.

Além da nossa participação individual e coletiva neste momento no qual ninguém está sozinho, apesar de estarmos geograficamente longe um dos outros”, enfatiza.

O especialista em medicina comportamental há mais de 20 anos ressalta que pessoas com certo desequilíbrio mental ficam predispostas a tomar condutas inadequadas.

“Cuidar da mente e gerenciar pensamentos com meditação precisa ser AGORA com exercícios de respiração e força positiva para ajudar a passar por esta fase com mais calma e tranquilidade.

Se cuidar neste momento é primordial, precisamos propagar a transmissão da resiliência da mente humana bem mais rápido do que a do coronavírus”, finaliza.

Foto: Divulgação / Arquivo Pessoal

Uiara Zagolin Editor, Na Midia

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